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Nomina no Canal Arte 1
O biombo Conogó está no canal Arte1, no programa Estilo.
Assista no link:
http://tvuol.uol.com.br/video/trama-de-madeira-04024D1A3470D4995326/
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PDV: Uma Estratégia Para o Mercado da Moda
Existem diversos modelos de ponto de venda como: franquia; concessões; licenciamento; outlet (loja de fábrica); flagship store (loja conceito); stand; showroom. Os formatos tem se tornado cada vez mais inovadores como as pop up stores (lojas temporárias) e na internet com lojas virtuais e clubes de vendas com produtos promocionais para associados.
Com o advento das vendas pela internet, o chamado varejo on-line, levar o produto para mais perto do consumidor já não é o maior desafio para as marcas de moda. Mas a grande cartada dos estrategistas das marcas é, saber escolher dentro dos modelos de ponto de venda, quais são os mais adequados e, como aliar todas estas alternativas para se apresentar, ganhar e fidelizar novos clientes.
G-Star
Vejamos alguns modelos de pontos de vendas adotados pela marca holandesa G-Star que comemora em 2014, seus 25 anos sempre focados no design de seu jeans. Trabalhando sob o mesmo teto, dentro do recém inaugurado QG de 27.500m2 em Amsterdã, todas as equipes de criação respiram o mesmo DNA da marca para criar os produtos de moda, as lojas, as embalagens, as campanhas, etc. Desta forma, consolida a sua identidade em todos seus pontos de contato com o público. A G-Star Raw trabalha com um sistema de multiplataforma de vendas e ressalta a importância de todos eles.
Varejo on-line
O varejo on-line é global, não restringe territórios, além de possibilitar ao consumidor, a compra em qualquer hora sem sair da sua casa. Através de seu site, a G-Star comercializa seus produtos diretamente com clientes de mais de 50 países. Além de uma canal de vendas, o site é uma ferramenta de comunicação importante, apresenta toda a filosofia da marca, seus lançamentos e campanhas, como por exemplo sua recente coleção Raw For the Oceans com a curadoria do cantor Phrarrel Williams. A coleção eco-friendly foi feita a partir de plásticos reciclados retirados dos oceanos para a confecção de seus jeans.
Por outro lado, experiência de marca se faz muito mais fortemente nos pontos de venda físico e permite a sinergia com os clientes.
Franquias
As lojas de franquias permitem ao varejista, expandir sua marca para os mais distantes territórios com um investimento menor: as lojas e produtos são investimentos de um franqueado que conhece o mercado local. Já para o franqueado a vantagem é de trabalhar seguindo um modelo bem estruturado e com produtos reconhecidos no mercado.
A G-Star está presente no mundo através de centenas de lojas mono marcas próprias e franqueadas. Para crescer e ser conhecida no mercado internacional, a presença de lojas físicas em diversos países tem importância estratégica.
Concessão
As concessões funcionam muito bem para as grifes, e também implicam em um investimento bem menor do que a formatação de uma loja para os estilistas. Definidas como store in store ou loja dentro de uma outra loja, as concessões se realizam, normalmente dentro de uma loja de departamentos, por exemplo.
A G-Star vende oficialmente no Brasil através deste sistema store in store oferecendo seus produtos nas lojas físicas da Mandi.
Flagship
Este modelo de ponto de venda tem o poder de transmitir o conceito e levar a experiência da marca para o consumidor. No ano de 2000, quando as mais diversas marcas despontavam suas primeiras flagships pelo mundo afora, a G-Star lançou em Lyon, na França a sua 1ª flagship. Hoje, a marca continua expandindo-se com este modelo de loja, marcando presença em mercados importantes como na Ásia.
Com 680 metros quadrados divididos em dois andares, a nova loja Hong Kong é uma das maiores loja da G-Star.
A fachada foi construída a partir de uma dupla camada de chapa de aço corten inteiramente recortado com o padrão personalizado da G-Star. Este material reveste mais de seis andares de altura, e de dia a natureza bruta do aço contrasta com os edifícios de concreto, e de noite, a sua iluminação “lava” toda a sua superfície, transformando-se numa lanterna visível de longe.
O visual ‘enferrujado’ do aço corten em camadas e o recorte são interpretações de como a equipe de criação trata o seus jeans. Eles buscam num jeans rústico, o desafio de torná-lo 3D, através dos tratamentos nas lavagens, recortes, costuras, arrebites e sobreposição de camadas.
Fachada da flagship em Hong Kong
Estúdio Itinerante
Parece uma pop up store, pois aparece num lugar e logo desaparece, mas neste conceito criado pela G-Star tem uma grande diferença. Eles criaram a RAW Tailor Atelier onde uma equipe de alfaiates e o ateliê estão à disposição do cliente para personalizar um jeans da linha Red Listing com os botões, etiquetas e rebites da sua escolha. Em 20 minutos, o cliente terá um jeans da G-Star com o seu olhar.
O RAW Tailor Atelier pode surgir a qualquer hora em alguma parte do mundo.
Estúdio itinerante da G-Star
Stand
O stand é uma forma de ponto de venda efêmero em feiras especializadas, porém com grande potencial de venda, baixo custo e para equipe de vendas, um intenso contato com novos lançamentos da marca e com o público. As feiras trazem um feedback muito rápido sobre o produto e uma oportunidade de ver e repensar sobre o futuro da marca.
Segundo o diretor do departamento de design e desenvolvimento da G-Star, Pieter Kool sobre a combinação do ponto de venda on-line e offline: “Nenhum deles pode substituir o outro completamente, mas sendo trabalhados juntos de forma complementar, ambos podem desfrutar de um mercado saudável. Muitos gostam de comprar um jeans on-line, mas outros preferem provar antes numa loja. E se você abraçar esta sinergia, a internet torna-se um enorme guia para aumentar o tráfego para a loja.”
O modelo de ponto de venda é importante, e muito mais importante é manter a identidade da marca em qualquer um deles.
Fotos: Divulgação
Por Noemi Saga, diretora de criação da Nomina Design
Esse texto foi publicado na edição 147 da Revista World Fashion+Varejo, na coluna +Sua Loja